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Cultura

Protagonismo de mulheres na Amazônia ganha destaque em projetos de empreendedorismo, esportes e educação

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Para melhorar a qualidade de vida das populações da Amazônia é necessário empoderar meninas e mulheres indígenas e ribeirinhas, para que possam desenvolver seus potenciais e ter seus direitos garantidos. Pensando nisso, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) promove uma série de iniciativas para fortalecer o protagonismo feminino na Amazônia, por meio de diversos projetos nas áreas de educação, esporte, cidadania, empreendedorismo e geração de renda.

Os impactos dessas ações incluem mais de 5,9 mil meninas e mulheres ribeirinhas do Amazonas beneficiadas com ações socioeducativas; aporte financeiro de R$1,2 milhão para cinco organizações indígenas lideradas por mulheres; o incentivo à formação de atletas; entre outras iniciativas.

Parentas que Fazem

O projeto “Parentas que Fazem” tem o objetivo de fortalecer organizações de mulheres indígenas empreendedoras do Amazonas por meio de qualificação profissional e apoio financeiro. A chamada selecionou cinco coletivos femininos indígenas formais e informais que vão receber, cada um, financiamento de R$ 250 mil, além de iniciação empreendedora, assessoria técnica e formação em gestão. Até março de 2024, foram realizadas quatro oficinas de elaboração de projetos e formações especializadas para as organizações selecionadas.

Outro eixo do projeto é um mapeamento das organizações indígenas femininas dos nove estados da Amazônia Brasileira. O levantamento identificou, até novembro de 2023, 118 organizações de 172 povos indígenas, mapeadas em 49 municípios. As atividades desenvolvidas por essas mulheres envolvem artesanato, atividades agrícolas, manejo, artesanato, culinária, apicultura, embalagens biodegradáveis, moda indígena, costura e artes.

De acordo com a supervisora do Subprograma Indígena da FAS, Rosa dos Anjos, as atividades do projeto “Parentas que Fazem” buscam fomentar o empoderamento de mulheres indígenas amazônidas, que geram renda em suas comunidades por meio de seus conhecimentos tradicionais.

“A busca pelo empoderamento das mulheres indígenas vem de décadas e é um aprendizado a cada dia. Essa oportunidade que a FAS está proporcionando por meio do projeto nos empodera a alcançar outras parentas, nos fortalece dentro e fora de nossas aldeias e comunidades. Somos resistentes, resilientes, reflorestamos mentes e corações”, afirma Rosa.

O “Parentas que Fazem” é uma iniciativa da FAS com apoio do Google.org, instituição filantrópica do Google, e parceria com a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e Makira-E’ta – Rede de Mulheres Indígenas do Amazonas.

Arquearia indígena

A atleta indígena Graziela Yaci Santos sabe bem como o apoio e o incentivo corretos podem levar as mulheres ao lugar mais alto do pódio. Por meio do projeto Arquearia Indígena da FAS, a jovem conheceu o Tiro com Arco como esporte em 2014 e desde então vem colecionando vitórias. Graziela participou dos Jogos Sul-Americanos de 2018, na Bolívia, onde foi medalhista de ouro duas vezes, e do Grand Prix do México, onde conquistou uma medalha de prata. Em 2019, a atleta da etnia Karapanã entrou para a história como a primeira indígena a representar o Brasil no Tiro com Arco em um Pan- Americano.

“A FAS tem sido indispensável para tudo isso acontecer, foi através do projeto Arquearia Indígena que conheci o tiro com arco e me identifiquei com o esporte, tudo idealizado e apoiado pela Fundação, então eu tenho muita gratidão por tudo que fizeram e estão fazendo”, conta a atleta.

Graziela entende a importância de sua representatividade enquanto mulher e indígena para inspirar outras meninas e mulheres.

“É importante para inspirar as pessoas, para terem coragem e comprometimento com seus sonhos e objetivos, sempre buscarem melhorar e aprender, que é possível sim realizar nossos objetivos, não é fácil, mas se trabalharem e acreditarem, vão conseguir. Meu desejo é que todas as mulheres se empoderem de coragem, que busquem melhorar suas vidas, tudo é possível, só precisamos buscar e fazer acontecer. Nós mulheres somos fortes, sem distinção!”, afirma Graziela.

Educação

O projeto Desenvolvimento Integral de Crianças e Adolescentes Ribeirinhas da Amazônia (Dicara) é outro componente importante no trabalho realizado pela FAS para fortalecer a rede de proteção da juventude da floresta, incluindo meninas e adolescentes. Por meio de ações socioeducativas nas áreas de educação, cidadania, lazer e esporte, além de capacitações, oficinas e orientações de enfrentamento a desafios da juventude, o Dicara já atendeu mais de 5,9 mil meninas e mulheres em comunidades ribeirinhas e bairros periféricos do Amazonas.

O desporto é uma das práticas incentivadas pelo Dicara, que promove as “Olimpíadas da Juventude da Floresta”, eventos socioeducativos que combinam lazer, cultura e esporte por meio da disputa de diversas modalidades desportivas. As meninas e adolescentes são participantes entusiasmadas da competição, que inclui o futebol feminino, uma das categorias mais disputadas do evento. Nesse espaço, o talento dessas jovens atletas pode ser visto e desenvolvido, contribuindo para florescer e concretizar sonhos na Amazônia.

Rede de Mulheres

Em 2023, a FAS realizou o Seminário Mulheres da Floresta, evento que teve como objetivo potencializar o protagonismo feminino das populações de Unidades de Conservação (UCs), Terras Indígenas (TIs) e Comunidades Remanescentes Quilombolas (CRQs) da Amazônia e fortalecê-las nas tomadas de decisões em seus territórios.

O evento resultou em um manifesto que abordou os seguintes temas prioritários: Mudanças Climáticas, Segurança, Educação, Saúde, Desenvolvimento Econômico, Empoderamento e Infraestrutura Comunitária, entregue para representantes políticos do Amazonas e do país.

Além disso, foi criada a Rede de Mulheres das Águas e das Florestas (REMAF), rede colaborativa entre mulheres ativistas da sociobiodiversidade que potencializa o protagonismo feminino de populações tradicionais ribeirinhas, indígenas, quilombolas; na defesa de seus direitos públicos à saúde, educação, segurança pública, geração de renda, empreendedorismo e na busca por soluções ao enfrentamento das mudanças climáticas.

A Remaf, inclusive, realiza nesta sexta-feira, um roda de conversa on-line com o tema ‘Vozes das Águas e das Florestas’, das 15h30 às 17h30. Para participar, basta se inscrever por meio do link abre.ai/i8WE.

A rede é apoiada pela BrasilFoundation, Green Economy Coalition e Oak Foundation e hoje conta com a secretaria executiva de Marysol Goes, responsável pelo HUB de Bioeconomia Amazônica, rede coordenada pela FAS em parceria com a Green Economy Coalition que articula e conecta mais de 160 lideranças e organizações que promovem uma bioeconomia amazônica inclusiva.

Sobre a FAS

A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia. Sua missão é contribuir para a conservação do bioma, para a melhoria da qualidade de vida das populações da Amazônia e valorização da floresta em pé e de sua biodiversidade. Com 16 anos de atuação, a instituição tem números de destaque, como o aumento de 202% na renda média de milhares famílias beneficiadas e a queda de 40% no desmatamento em áreas atendidas.

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Cultura

A revolução na educação e cultura digital: um olhar Neurodivergente

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Em uma pesquisa inédita, Ton Felix explora o impacto dos influenciadores digitais do YouTube e propõe métodos de ensino adaptativos para alunos neurodivergentes

No cenário educacional e cultural contemporâneo, Ton Felix não é apenas um observador, mas um pioneiro. Neurodivergente, diagnosticado com dislexia e TDAH, Felix superou barreiras significativas no sistema educacional tradicional, o que o impulsionou a conduzir um dos estudos mais profundos e originais sobre a interação entre neurodiversidade e tecnologia digital no Brasil. Seu livro, “Streampunks: Um Fenômeno Contemporâneo”, é resultado de uma extensa pesquisa que marca o primeiro estudo aprofundado do país sobre o tema.

Em entrevista, Felix compartilhou insights sobre seu processo: “Explorar como os Streampunks estão remodelando a mídia foi revelador. Minha neurodiversidade me permitiu abordar o tema de uma maneira única, focando em como as tecnologias podem facilitar caminhos inclusivos e inovadores na educação e comunicação.”

Globalmente, estima-se que cerca de 15% da população seja neurodivergente. No Brasil, dados indicam que mais de 10 milhões de pessoas têm algum tipo de condição neurodivergente, como autismo ou dislexia. Esses números destacam a necessidade de um sistema educacional que não apenas acomode, mas também valorize as diferenças no funcionamento cerebral.

Felix,  utiliza recursos audiovisuais e fomenta a interação entre os alunos, por meio de dinâmicas inclusivas e adaptativas, que considera fundamentais em todos os níveis educacionais, do ensino fundamental ao superior. Enfatiza, a importância de adaptar as avaliações para atender às necessidades individuais de cada estudante, especialmente aqueles com neurodivergências, como por exemplo, a realização da leitura de provas para alunos com déficit de atenção e hiperatividade. 

A capacitação de professores e coordenadores é crucial para implementar essas metodologias inclusivas, garantindo que todos os alunos tenham a oportunidade de acessar o mesmo conteúdo sem serem prejudicados por suas dificuldades. Acredito firmemente que a educação é um processo contínuo de construção, sempre evoluindo e se adaptando, o que torna essencial o investimento constante na formação de professores para enfrentarem os desafios e as mudanças constantes no campo educacional.

Os pais devem atentar-se à necessidade e ao comportamento de seus filhos, existem vários recursos e especialistas hoje em dia que conhecem o assunto, podendo auxiliar a família a captar e adaptar tratamentos de acordo com a necessidade dos pequenos e não apenas medicá-las, acrescenta o autor.

Seu livro aprofunda-se na influência crescente dos influenciadores digitais, particularmente aqueles no YouTube, conhecidos como Streampunks. Estes criadores estão desafiando as normas tradicionais da indústria de mídia, oferecendo novas formas de conteúdo e interação que ressoam com uma audiência global. Felix argumenta que esta nova onda de produção de mídia não só democratiza o conteúdo, mas também proporciona uma plataforma para vozes frequentemente marginalizadas, incluindo aquelas da comunidade neurodivergente.

A obra de Felix é um chamado à ação para educadores, criadores de políticas e líderes culturais para reconhecer e integrar a neurodiversidade em todos os aspectos da sociedade. “Nossa meta deve ser uma educação que não só inclua, mas celebre as diferenças, utilizando a tecnologia para abrir novos caminhos e possibilidades para todos”, conclui Felix.

Este livro não apenas destaca uma pesquisa crucial, mas também serve como um guia para futuras políticas educacionais e culturais, oferecendo um novo paradigma para a inclusão e o reconhecimento da neurodiversidade na era digital.

Sobre o autor:

Ton Felix é um jornalista e acadêmico cuja carreira foi moldada pela intersecção entre tecnologia digital, educação e neurodiversidade. Seu trabalho pioneiro tem influenciado o pensamento sobre como a cultura digital pode ser moldada para ser mais inclusiva e representativa de todas as formas de diversidade humana.

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Cultura

Ensino bilíngue no Brasil registra aumento de 64%

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Aprendizagem de outra língua torna-se determinante para a formação e acesso ao mercado de trabalho

No Brasil, o número de unidades de ensino voltadas à educação bilíngue tem se fortalecido a cada ano. Segundo a Associação Brasileira do Ensino Bilíngue (ABEBI), já são mais de 1,2 mil escolas bilíngues em todo o país, com um crescimento de 10% num período de cinco anos. No último ano, houve aumento de 64% na procura por modelos de ensino bilíngue, com destaque para São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, segundo dados do Ministério da Educação (MEC).

Aprender um novo idioma é uma necessidade inerente à formação de estudantes em qualquer idade ou ano de ensino. Por isso, a busca por unidades educacionais bilíngue não pode ser vista como um privilégio. Tendo, na verdade, a ampliação da oferta a todos como meta.

Segundo Gabriel Frozi, diretor da escola Rio Christian School no Rio de Janeiro, o ensino bilíngue oferece uma série de benefícios que vão muito além do aprendizado de uma segunda língua, proporcionando experiências enriquecedoras que moldam o desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças desde o início da vida escolar. “Os alunos desenvolvem inúmeras habilidades, principalmente no campo da comunicação, que excede o domínio de dois idiomas”, explica.

Ele também afirma que a exposição a outros idiomas pode promover o desenvolvimento cognitivo, social e acadêmico das crianças, preparando-as para enfrentar os desafios do mundo moderno e prosperar em um ambiente cada vez mais multicultural e interconectado. “Até os 5 anos, o desenvolvimento linguístico está em plena formação. Quanto mais cedo for o contato com outro idioma, mais natural será este processo, pois ele passa a ser quase que intuitivo, uma vez que está sendo adquirido de forma lúdica e prazerosa.”
Os números ainda apontam que isso precisa ser difundido no país como algo que pode mudar a trajetória educacional dos jovens, principalmente no mercado de trabalho, que tem se tornado cada vez mais desafiador, pois apesar do crescimento da oferta de ensino bilíngue, a realidade do Brasil ainda é deficitária na aprendizagem de uma segunda língua.

Para se ter uma ideia, de acordo com a edição 2022 do maior ranking mundial de países e regiões por habilidades em inglês (EF EPI), o Brasil ocupa a 58ª posição no índice de proficiência da língua. O levantamento se baseia em testes de 2,1 milhões de adultos em 111 países e regiões.

Aprender e vivenciar a cultura do inglês, segundo destaca Gabriel, amplia em 100% as oportunidades de trabalho e desenvolvimento pessoal. “É preciso ampliar o acesso às oportunidades, isso será determinante em um país que vive em reflexo a grandes potências mundiais, como os Estados Unidos. Falar inglês não é só mais um ponto de destaque no desenvolvimento e carreira, mas no sucesso de uma geração”, destaca o diretor.

Sobre a Rio Christian School:

A escola bilíngue cristã conta com sistema de avaliação próprio, que prioriza a participação em sala de aula, o comprometimento com os deveres de casa e a atuação em projetos sociais, onde as provas bimestrais representam apenas 30% do sistema de avaliação da RCS. Atende turmas do Pré I ao 3º ano do Ensino Médio, preparando os alunos para as melhores universidades do Brasil e do exterior, além de ser a única escola da América Latina com toda equipe especializada em alunos com TDAH.

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Cultura

Theatro Municipal recebe mais de mil estudantes da rede pública para a abertura da 13ª Semana de Leitura

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Com o tema “Histórias e Canções”, o evento reunirá apresentações de escritores, músicos, estudantes das AELs, professores e muito mais

O Theatro Municipal de São Paulo recebe na próxima quarta-feira (16/05), a partir das 13h, a abertura da 13ª Semana Municipal de Incentivo e Orientação ao Estudo e à Leitura, evento gratuito que faz parte do Calendário Oficial de Eventos da Cidade de São Paulo por meio da Lei 14.999/09 de autoria do vereador Professor Eliseu Gabriel. Nesta edição, a Semana de Leitura tem como tema central “Histórias e Canções” e as atividades, totalmente gratuitas, acontecem em formato on-line e presencial em diversos pontos da cidade, até 24 de maio.

São esperadas mais de 1200 pessoas na abertura, dentre elas alunos de escolas da rede pública municipal, professores e bibliotecários. Importante ressaltar que muitos deles nunca assistiram a uma peça de teatro ou mesmo têm acesso à lazer e cultura. Escritores conhecidos do grande público também são esperados como espectadores.

Na entrada do Municipal, o acolhimento aos presentes será feito por alunos das Salas de Leitura da Rede Municipal com a atração “Guarda-chuva de Poesia”.

Já no palco do Theatro Municipal, as emoções continuam com a apresentação do Coral Sabiá, formado por alunos Academia Estudantil de Letras (AEL) Vinicius de Moraes (EMEF Prof. Fernando de Azevedo – Vila Curuçá). “Um Canto para Cada Canto” é o tema da apresentação regada de músicas que dialogam com estudos literários.

Na sequência, estudantes da AEL Kiusam Oliveira (EMEF Arquiteto Vilanova Artigas – São Matheus) apresentam “Brincar de Ler”, esquetes afetivas que envolvem literatura e música.

E vai ter poesia, trava-línguas, trovas populares, parlendas e cantigas de roda. O escritor e cordelista Marco Haurélio, que tem mais de 50 títulos publicados, a maior parte dedicada à literatura de cordel, sobe ao palco do Municipal para apresentar o livro “Circo das Formas”. Sua apresentação, tão esperada, será acompanhada pelo grupo Balaio de Doi2, formado pelo autor Paulo Netho e pelo compositor Salatiel Silva. Eles prometem levantar o público durante essa contação musicada, e bem engraçada.

Na sequência, a professora Ana Gilda Leocadio, que faz parte da frente literária Literatura Negro-brasileira do Encantamento Infantil e Juvenil (Linebeiju), se apresenta com “Solfejos de Fayola: uma história en”cantada”, contação repleta de rimas para entreter, conscientizar e emocionar.

O escritor Marcos Martinz sobe ao palco do Municipal acompanhado da noiva Rosinha, personagem de seu livro “Até que a Morte nos Ampare” para uma dinâmica incrível, mostrando a potência acolhedora dos livros.

Banda Pollo, sucesso com a música “Vagalumes” (novela Sangue Bom) encerra a tarde no Theatro Municipal. O grupo de rap/hip-hop e pop da zona oeste de São Paulo (Pirituba) é formado por Tomim, Adriel e DJ Kalfani.

“A ideia de criar a lei e fazer a Semana de Leitura acontecer é para que ela seja replicada cada vez mais. O maior mérito desse projeto é que ele é inclusivo e oferece à população oportunidades e experiências de estudo, de cultura e de leitura, muitas vezes subtraídos em razão das dificuldades econômicas e sociais”, afirma Eliseu Gabriel.

Serviço – Abertura da Semana de Incentivo e Orientação ao Estudo e à Leitura de São Paulo

Quando: 16/05 (quarta-feira)

Horário: Das 13h às 17h – a partir das 11h30 chegam ônibus com as crianças.

Local: Theatro Municipal de São Paulo

Endereço: Praça Ramos de Azevedo, S/N

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