Cultura
Amazônia Soul vira novo point dos paulistanos
É fato que os paulistanos adoram descobrir novas culturas gastronômicas, a cidade de São Paulo reúne restaurantes de culinária internacional e de diversas regiões do Brasil, que reafirmam isso.
Na Vila Mariana o Amazônia Soul, tem chamado atenção e virou point dos amantes de açaí, boa gastronomia e até de Happy Hour.
Especializado em culinária nortista, o restaurante oferece pratos que exaltam a culinária dos povos indígenas, tacacá, pato no tucupi, são pratos famosos que possuem como ingrediente principal o tucupi, caldo amarelo, aromático e muito saboroso extraído da mandioca brava.
A casa comandada pelo Paraense Pedro Amaral, também tem em seu menu a famosa maniçoba, que é símbolo de Belém do Pará na grande festa do Círio de Nazaré. A proteína base do restaurante são os peixes, todos oriundos do norte: tambaqui, filhote, pirarucu e dourada, com diferentes tipos de preparos, fazem a alegria dos nortistas que moram na cidade.
Apesar de “diferente” do que o paulistano está habituado a comer, quem prova as comidas deste cantinho do norte em São Paulo, se apaixona.
Mesmo que o foco do restaurante seja servir menu completo, muitas pessoas visitam o espaço para fazer Happy Hour e consomem petiscos, cachaça de jambu e cervejas paraenses, os mais pedidos são: pastel de queijo com jambu, dadinho de maniçoba, isca de dourada, casquinho de caranguejo, dadinho de tapioca paraense com geléia do chef, unha de caranguejo e bolinho de filhote.
Com cardápio fixo, o Amazônia Soul faz entregas para até 10 km ou retirada no local.
Cardápio: https://www.goomer.app/
Pedidos pelo Whatsapp. (11) 5083-4046 Instagram: @amazoniasoulsp Retirada: R. Áurea, 361, Vila Mariana. Atendimento de mesa: Ter a Sáb: 12h às 22h. Dom: 12h às 18h. Delivery: Ter a Sáb: 12h às 21:30. Dom: 12h às 17h30.
Imagens: Luis Vinhão / Divulgação Amazônia Soul
Cultura
5ª edição do MAB Margens – Feira de Artes Gráficas acontece dia 18 de maio no Museu Afro Brasil Emanoel Araujo
O Museu celebra o sucesso do evento que reúne artistas e coletivos sob sua marquise, diante do lago do Parque Ibirapuera, em meio à 22ª Semana Nacional de Museus
O Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, em meio à 22ª Semana Nacional de Museus reúne artistas e coletivos para celebrar um evento que já se tornou tradição no calendário cultural de São Paulo. Com gratuidade no Museu durante todo o dia 18 de maio (sábado), a 5ª edição da feira de artes gráficas MAB – MARGENS ocorre das 12h às 18h. Venha conhecer e refletir sobre “as margens” enquanto espaço-fronteira de produções, com artistas e coletivos que nem sempre são visibilizados no cenário das artes visuais.
Como um manifesto vivo, o Museu oferece sua bela marquise diante do lago do Parque Ibirapuera às produções de artistas inovadores, visando o diálogo e as trocas com o público, possibilitando o fomento da diversidade e a valorização. O objetivo é lhes oferecer espaço privilegiado de divulgação e venda de suas produções gráficas.
Para esta 5ª edição, foi lançado um chamamento público, divulgado via redes sociais e site do Museu, por meio do qual foram selecionados 14 artistas e coletivos pela Comissão de Seleção formada por profissionais de diferentes núcleos de trabalho do Museu. Foram também convidados 5 artistas, cujos portfólios retratam a diversidade social brasileira.
Segundo Guinho Nascimento, um dos artistas que irão expor na feira, participar da MAB Margens é uma possibilidade de encontro. “É estar em comunidade pra ser e fazer mercado, entendendo a feira numa perspectiva que Exu apresenta: um lugar de movimentação, comunicação, prosperidade e caminhos. Assim, vai além de estar à margem do museu, é estar dentro. Não é a parede que nos distancia, porque a MAB é o quintal do Museu, aberto para comer, dançar, enfeitar, apreciar, rezar e celebrar”.
Para a artista Neia Martins, a importância é, “estar no espaço do Museu Afro Brasil Emanuel Araujo e no coletivo de artistas que representam esse cenário cada vez mais inclusivo”.
Haverá ainda uma oficina que convida os visitantes à reflexão sobre articulações comunitárias em torno da cultura e do direito à cidade. Será realizada com mediação de Izabel Gomes, educadora popular e artista que divide suas histórias com as pessoas na região do Jardim Miriam, no JAMAC – Jardim Miriam Arte Clube.
O evento contará com a venda de bebidas e de quitutes do tabuleiro baiano do Alcides.
A 5ª MAB – MARGENS acontecerá na marquise do Museu, localizada na área externa do pavilhão Padre Manoel da Nóbrega no Parque Ibirapuera, próximo ao Portão 10. O acesso será livre e sem a necessidade de inscrição prévia, lembrando que no dia da feira a entrada do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo será gratuita.
Artistas e coletivos selecionados:
CaiOshima
De um lado, o mundo da ginga; do outro, o equilíbrio. De família metade pernambucana, metade japonesa, o artista visual CaiOshima nasceu e cresceu nas duas culturas. Instagram: @Cai0shima
Cauã Bertoldo
Artista visual autodidata, produz imagens a fim de discutir o mundo estético que tange às questões das pessoas negras em sua pluralidade e subjetividades. Instagram: @cauabertoldo
Daiely Gonçalves
Artista visual mineira, articula narrativas que se lançam sobre a representação do corpo e território em temas de raça e gênero por meio da pintura, desenho e gravura. Instagram: @daielygoncalvesart
Guinho Nascimento
Educador e multi-artista, graduado em Artes Visuais pela Universidade Cruzeiro do Sul e em Dança pela Escola Viva. Instagram: @guinhonascimento @galopretoatelie
Hanna Gomes
Artista visual e designer de Salvador, explora visualmente os questionamentos sobre o ato revolucionário de sonhar, utilizando cores primárias e cenários tropicais ou desérticos. Instagram: @the.hannag
Juliana Mota
Designer gráfico paulistana, trabalha com ilustração digital, pintura, bordado e a experimentação disso tudo junto. É inspirada pela mistura da natureza com retratos femininos. Instagram: @julianamotabordado
Katarina Martins
Artista plástica e arte educadora paulistana, investiga o campo botânico e de manchas orgânicas, com ênfase na busca da beleza cotidiana, com diferentes técnicas da gravura e fotografia. Instagram: @katarinamartins_
Mayara Smith
Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal de Minas Gerais (2024), é artista visual, designer gráfica e pesquisadora. Em seu trabalho aborda identidade e corpo negro, principalmente feminino. Instagram: @mayarasmith_
Neia Martins
Trabalha com escultura, pintura, desenho, calcogravura e seus segmentos. Instagram: @neia.vancatarina
ÒRÚ
Artista da zona leste de São Paulo, possui trabalhos voltados à ilustração e colagem digital. Instagram: @oru.artista
Pixote Mushi
Artista visual, trabalha com muralismo, arte 3D, xilogravura, pintura e educação artística. Iniciou sua carreira no graffiti e tem explorado temas como raça, sociedade e espiritualidade. Instagram: @pixote_mushi
Rodrigo Abdo
Designer, ilustrador e artista preto. Seu trabalho observa o cotidiano e organiza coisas que estão no ar. Busca representar a rua, a juventude e questões sociais diversas. Instagram: @vbdx_
Thiago Vaz
Artista visual e arte-educador, faz um recorte especial sobre a arte urbana: graffiti e street art; pesquisa sobre os modos de ocupação com arte nos espaços públicos: zonas e territórios. Instagram: @thiagovaz.arts
Yaya Ferreira
Carioca, a artista visual multimídia é graduada em Pintura pela Escola de Belas Artes da UFRJ. Atua com ilustrações, grafitti e tatuagem, concentrando suas pesquisas em retratar pessoas pretas. Instagram: @arteprayaya
Artistas e coletivos convidados:
Coletivo Anansi Lab
Laboratório de experiências transmídia que promove o letramento racial por meio de livros, revistas, papelaria, eventos, cursos, exposições e produtos digitais. Instagram: @anansi.La
Gejo Tapuya
Reúnem-se via editora especializada em prints, toy art, gravuras e street art. Buscam criar renda para artistas originários, negros e periféricos da cultura hip-hop, graffiti, pixação e outras manifestações culturais marginais. Instagram: @editora.marginal
Izabel Gomes
Artista popular autodidata, autora de estampas exibidas em diversas exposições, cujas inspirações relembram as memórias da sua infância, banhadas pelas belezas do Rio São Francisco. Instagram: @izabel._gomes – @jardim.miriam.arte.clube
Nei Vital
Baiano que cresceu em São Paulo, se inspira em suas origens do cordel, em seus traços que mesclam o sertão com a metrópole. Instagram: @cordelurbano
Coletivo Xiloceasa
Coletivo formado por integrantes periféricos que buscam por meio da arte, manifestar suas ideias e desejos do cotidiano. Instagram: @xiloceasa
Sobre o Museu Afro Brasil Emanoel Araujo
O Museu Afro Brasil Emanoel Araujo é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo administrada pela Associação Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura. Inaugurado em 2004, a partir da coleção particular do seu diretor curador, Emanoel Araujo (1940-2022), o museu é um espaço de história, memória e arte. Localizado no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, dentro do mais famoso parque de São Paulo, o Parque Ibirapuera, o Museu Afro Brasil Emanoel Araujo conserva, em cerca de 12 mil m2, um acervo museológico com mais de 8 mil obras, apresentando diversos aspectos dos universos culturais africanos e afro-brasileiro e abordando temas como religiosidade, arte e história, a partir das contribuições da população negra para a construção da sociedade brasileira e da cultura nacional. O museu exibe parte deste acervo na exposição de longa duração e realiza exposições temporárias.
Serviço: 5ª edição MAB MARGENS – Feira de Artes Gráficas
Sábado, 18 de maio, das 12h às 18h, com gratuidade no Museu das 10h às 17h
Serviço: Oficina de Estamparia em Pano de Prato com JAMAC, arte e vida em superfície
Dia: 18 de maio Horário: 14h às 16h, com inscrições via site do Museu: www.museuafrobrasil.byinti.com
Na atividade, serão apresentadas técnicas de estamparia em tecido com os artistas do JAMAC (Jardim Miriam Arte Clube). A Educadora Izabel Gomes utiliza materiais simples e acessíveis para criação de padrões únicos e personalizados em panos de prato – uma superfície para contar histórias e ensinar a técnica de estêncil, criando desenhos a partir de memórias pessoais e coletivas. Não é necessário ter experiência prévia para participar, mas as vagas são limitadas! As inscrições podem ser feitas via site do Museu.
Endereço do Museu: Parque Ibirapuera, Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, portão 10, São Paulo – SP ( acesso via transporte público ou veículo de aplicativo)
Funcionamento: terça a domingo, 10h às 17h (permanência até às 18h)
Ingresso: R$15 (meia entrada, R$7,50)
Grátis às quartas e em 18 de Maio de 2024, dia da 5ª Mab Margens
Estacionamento (Parque Ibirapuera)
Horário: das 5h à 0h
Acessos para automóveis: Portões 3 e 7
Cultura
Artista Visual Ana Coutinho prepara exposição “Vasos Condutores do Tempo”, no galpão Portinho, no Rio de Janeiro
(Foto: Alessandra & Frederico – A&F Art Films)
A mostra, que começa no dia 23 de maio, conta com a curadoria de Keyna Eleison
Com pinturas nas janelas do Espaço Portinho, imóvel centenário da região portuária, na Praça Mauá, a artista visual e designer Ana Coutinho explora o mapeamento do tempo através da materialização de novas formas, por meio da entrada da luz, com a instalação “Vasos Condutores do Tempo”. A obra chega ao centro da capital carioca como um convite ao espectador para se sentir parte da exposição, observando a fragilidade de cada pincelada sobre a própria pele, ao passo que a claridade reflete as pinturas nos vitrais. Com a curadoria de Keyna Eleison, a instalação site specific ficará aberta ao público entre os dias 23 de maio e 07 de junho.
No dia 28 de maio, às 11h, Ana e Keyna conduzem um bate-papo sobre os processos de construção da narrativa que guiou a exposição. A programação ainda conta com performances da artista visual com luz, sombra e pintura das telas, entre os dias 04, 05 e 06 de junho, e chega ao fim com uma finissage, cerimônia de encerramento, no dia 07. A entrada é gratuita.
“O conceito por trás deste projeto é que ao longo do dia a arte crie reflexos e projeções diferentes dentro do espaço expositivo, proporcionando uma experiência única de acordo com o horário de visitação”, explica Ana. Unindo a arte de cada pincelada com o ambiente e tempo, a instalação promove uma exploração de novas superfícies em contraste com a luz do sol. A proposta é que, assim, a abstração ganhe novas projeções e significados. A artista recomenda o uso de roupas claras e leves, para uma melhor experiência visual.
Intitulada “Vasos Condutores do Tempo”, a instalação ainda tem sua experiência amplificada com a ocupação de diferentes obras em tela e tecido pelo galpão.
SOBRE ANA COUTINHO
Ana Coutinho é Artista Visual e Designer graduada em Comunicação Visual pela PUC – Rio e mestra em Artes e Design pela Universidade Central Saint Martins em Londres, além de diversos cursos de especialização no campo das artes visuais em instituições como o Parque Lage, Instituto Tomie Ohtake, Escola de Belas Artes – SP, School of Visual Arts – NY entre outros. Recentemente iniciou sua carreira internacional participando da exposição Signs Point to Yes, na Galeria Amarelo em Lisboa e da exposição Reimagined Realities, na Galeria Arteria em Barcelona. Em 2023 também participou de uma residência artística em Barcelona, e a convite do Instituto das Artistas Latinas fez parte do time de mulheres do seu Stand Institucional na Art Rio onde mostrou seus trabalhos da sua atual pesquisa. Ao longo dos anos de produção artística, transitou por diferentes segmentos da arte, moda e design, morando durante 8 anos nas principais capitais mundiais (SP, NY e Londres) e construindo múltiplos repertórios visuais. Na moda trabalhou como print designer para o estilista Alexander McQueen em Londres e Donna Karan e Calvin Klein em NY, além de marcas brasileiras. Desde o início de 2020 voltou a morar no Rio de Janeiro, sua cidade natal, e hoje se dedica exclusivamente às artes visuais.
PROGRAMAÇÃO
23 a 28 de maio | Abertura para o público, com a presença da curadora Keyna Eleison e a projeção do vídeo-instalação: “Vasos sobre a pele”.
28 de maio (terça-feira) – 11h | Painel de conversa entre a artista visual Ana Coutinho e a curadora Keyna Eleison sobre o processo de construção da narrativa que guiou a exposição.
04, 05 e 06 de junho | Performances da artista Ana Coutinho com luz, sombra e pintura das telas.
07 de junho (sexta- feira) | Finissage, uma cerimônia de encerramento da exibição
SERVIÇO
“Vasos Condutores do Tempo” – Espaço Portinho, Rio de Janeiro
Data: Entre os dias 23 de maio e 07 de junho de 2024
Horário: De segunda a sábado, das 10h30 às 14h
Local: Espaço Portinho – 3º Andar
Endereço: Avenida Rodrigues Alves, 135 – 3º andar.
Acesso: Estacionamento Estapar – Av. Rodrigues Alves, 173.
VLT – Estação Museus.
Cultura
Juliane Cruz celebra o movimento Black Rio dos anos 70 no espetáculo “Amor de Baile”, que estreia dia 30 do Sesc Tijuca, no Rio de Janeiro
(Foto: Paulo Aragon)
A idealizadora também protagoniza a peça, que revive os bailes da periferia para trazer reflexões sobre afetividade negra e empoderamento racial
O espetáculo multilinguagem “Amor de Baile” surge com a efervescência cultural do movimento Black Rio, destacando a afetividade e o empoderamento racial presentes nos bailes da década de 70. A atriz, dramaturgista, artista visual e performer Juliane Cruz se uniu ao também ator, produtor e idealizador, Junior Melo, e uma equipe de renome para celebrar a estética e a autoestima da população negra brasileira, como forma de promover reflexões sobre o amor entre pessoas racializadas enquanto ferramenta de resistência ao racismo. E é com esta potência que o espetáculo “Amor de Baile” estreia no Teatro II do Sesc Tijuca, no Rio de Janeiro, no dia 30 de maio (quinta-feira), às 19h – os ingressos devem ser retirados na bilheteria do Sesc Tijuca, e a entrada é gratuita para credenciados PCG. As apresentações seguem de quinta-feira à sábado, às 19h, e aos domingos, às 18h, até o dia 30 de junho.
A peça valoriza a afetividade dos encontros gerados pelo movimento do Baile Black da década de 70, ao mesmo tempo que questiona a criminalização da cultura periférica promovida pelos efeitos do racismo estrutural, institucional e midiático.
“Amor de Baile é um grande sonho. É a chance de reviver o maior movimento de massa que já existiu da juventude negra e que nos influencia até hoje. E são essas experiências que seguem reexistindo e se reinventando. Nós somos porque eles foram e abriram caminhos para conquistas importantíssimas quanto povo. Se amando. Amor como movimento político, amor pela sua negritude, pelos seus irmãos. Se empoderando e se reconhecendo através da música, da dança, da união de uma juventude que soube revolucionar os modos de se pensar num dos períodos de maior repressão da nossa história recente do Brasil”, afirma Juliane.
O espetáculo mescla teatro, dança, canto, poesia e audiovisual, sob a perspectiva estética, política e poética da frase “Black is beautiful!”, do movimento cultural iniciado nos Estados Unidos. Foi a partir da influência deste movimento que a população negra da época passou a assumir sua própria identidade, com orgulho e atitude. “Mesmo nos anos de maior repressão da ditadura, foi possível reconectar nosso povo preto, unindo milhares de pessoas com o propósito de dançar, se reconhecer e se amar”, ressalta Rei Black, diretor artístico do projeto, que conta ainda com a supervisão geral de Dom Filó, a dramaturgia de Tati Vilela e produção de Wellington de Oliveira.
“Para além do amor romântico, enaltecemos o amor como um movimento político, como fenômeno social, um amor pela sua negritude e pelo seus iguais”, afirma Juliane. Em meio à ditadura militar, os Bailes de Soul Music fomentaram a produção artística suburbana e a exaltação da estética e autoestima da população negra brasileira. “Beije sua preta em praça pública” estampava a capa do jornal Movimento Negro Unificado, nos anos 70, utilizando-se do afeto como ferramenta de luta contra o racismo.
Em solo carioca, a abordagem desta luta aconteceu com o Movimento Black Rio, por meio da cultura, da festa e do entretenimento, influenciando de forma significativa em como a geração atual se fortalece em relação à autoestima, identidade e comportamento. “Queremos alcançar não só a geração que lotava as pistas daquela época, mas também uma juventude que bebe do legado desse grande movimento cultural, sem nem mesmo conhecê-lo”, pontua Junior Melo, ator, produtor e idealizador do projeto. Em meio à seus pentes garfos, sapatos plataforma e muita intelectualidade popular, “Amor de Baile” faz uma homenagem ao legado deixado por um dos maiores movimentos culturais negros das últimas décadas.
SERVIÇO
“Amor de Baile” @ Sesc Tijuca, RJ
Data: 30 de maio a 30 de junho – de quinta a domingo (exceto entre os dias 20 e 23 de junho de 2024)
Horário: às 19h (quinta a sábado) e às 18h (domingo)
Local: Teatro II Sesc Tijuca
Endereço: Rua Barão de Mesquita, 539, Tijuca, Rio de Janeiro – RJ
Classificação: 12 anos
Valor dos Ingressos: Gratuitos para credenciados PCG
R$7 | Credencial Plena
R$15 | Meia-entrada
R$30 | Inteira
Ingresso: Disponíveis apenas na bilheteria do Sesc Tijuca
Bilheteria: Terça a sexta-feira | 7h às 19h30
Sábados | 9h às 19h
Domingos | 9h às 18h
Informações: https://www.instagram.com/amordebaile_/
FICHA TÉCNICA
Elenco: Adrielle Vieira, Juliane Cruz, Junior Melo, Letícia Ambrósio, Lucas Sampaio e Wayne Marinho
Direção Artística: Rei Black
Direção de Movimento: Gabriela Luiz
Direção e Produção Musical: Beà Ayòóla
Dramaturgia: Tati Vilella
Dramaturgista: Juliane Cruz
Figurino: Carla Costa
Cenografia: Cachalote Mattos
Iluminação: Jon Tomaz
Mentoria Vocal: Daniel Motta
Produção: WDO Produções
Coordenação de Produção: Wellington de Oliveira
Voz Off: Nathalia Grillo
Idealização: Juliane Cruz e Junior Melo
Supervisão Geral: Dom Filó
Social media: Nathália Brambrila
Designer: Guile Farias
Direção de Imagem: Carolina Godinho
Acervo e Imagens: Cultine
Assessoria de imprensa: Monteiro Assessoria de Imprensa
SOBRE JULIANE CRUZ
Guiada pela arte em seus múltiplos formatos, Juliane Cruz pulsa pela criação. As suas facetas se tornam portas para o ofício por meio do teatro, cinema, audiovisual, pesquisas e performances desde que ela se lembra. Nascida em 1996, em Irajá, no Rio de Janeiro, a artista migrou de um projeto para o outro para saciar sua veia criativa. Juliane é graduada pela Escola de Teatro Martins Penna e pela Escola Sesc de Artes Dramáticas; integra (participou do) o Programa de Deformação e Formação da Escola de Artes Visuais do Parque Lage; e ainda é foi oficineira pelo Programa de formação em artes e cultura, a partir da mostra de itinerância da 35 Bienal de São Paulo no Mam Rio. Sua trajetória como atriz contempla os espetáculos “Esperança na Revolta” (2019), “A Saga de Dandara e Bizum a caminho de Wakanda” (2019), “Rinoceronte” (2019) e “Barbárie – Impressões de um holocausto” (2017). Entre o cinema e a TV, ela somou nos curta-metragens: “Atrofia”, “Adeus”, “Sua Vez”, “Declamações de uma Fábula Esquecida”; além da websérie “Cura” (2021), de Jonathan Ferr; e as novelas “Malhação – Toda Forma de Amar” (2019), “Nos Tempos do Imperador” (2021), “Todas as Flores” (2022) e “Elas por Elas” (2024). No catálogo de performances, Juliane reúne “Tem coisas que eu só sei dizer dançando”, com as exposições “Acessos”, que ocupou a capelinha no Parque Lage (2022); “NuEntre”, no Galpão 808 (2023); e “O ponto onde a arte cura”, no Espaço Carijó (2023)
Em 2024, a artista segue em progressão, participando dos cursos “Crítica e Curadoria Anticolonial e Desobediência de Gênero”, oferecido pelo Galpão Bela Mar – MARÉ e o curso de Roteiro“Empoderamento e Tecnologia”, oferecido pelo Cinema Nosso. Juliane também estreia com a peça “Amor de Baile”, em que assina a idealização, autoria, além de também protagonizar. O espetáculo multilinguagem revive os bailes da periferia da década de 70, destacando a afetividade e o empoderamento racial presentes na efervescência cultural do movimento Black Rio. Contemplado pelo Sesc Pulsar 2024, a peça fica em cartaz entre os dias 30 de maio e 30 de junho, no Sesc Tijuca, no Rio de Janeiro.
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