Cultura
1° SÃO PAULO FOOD FILM FEST – Festival de Cinema e Gastronomia traz filmes e degustações ( GRATUITO) _ abre 5/10/2022.
*entre os dias 05 e 12 de outubro, o público poderá se emocionar e deliciar com mais de 40 filmes de 15 países
* evento traz debates e degustações de pratos inesquecíveis do cinema após algumas das exibições presenciais
* oficinas para o público infantil que será convidado a colocar a mão na massa e a entender como funcionam animações em stop motion
* na programação obras como “A Festa de Babette”, “Tampopo – Os Brutos Também Comem Espaguete”, “Estômago”, “A Grande Ceia Quilombola”, entre outros
A partir do dia 05 de outubro acontecerá o primeiro SÃO PAULO FOOD FILM FEST, que marca o Mês da Alimentação. A celebração foi escolhida pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) com o objetivo de envolver os governos e a população na luta contra a fome, a desnutrição e a pobreza. “Nosso propósito é trazer, através do cinema, temas urgentes para discussão sem deixar de promover a experiência sensorial que a gastronomia traz”, conta Daniela Guariba. “Um Festival para comer com os olhos e também alimentar a alma. Afinal, comida é cultura!”, completa André Henrique Graziano, idealizadores do evento.
Entre os dias 05 e 12 de outubro, o público poderá se emocionar e deliciar com mais de 40 filmes de 15 diferentes países, clássicos da ficção e documentários contemporâneos ligados à comida, à cultura e aos sistemas agroalimentares. Os filmes serão exibidos de forma híbrida e gratuita em São Paulo (Espaço Itaú Augusta – Anexo e Cinemateca Brasileira) ao longo da jornada, os espectadores terão a oportunidade de participar de ciclos de debates, além de degustações de pratos inesquecíveis do cinema após algumas das exibições presenciais. Já o público de casa poderá assistir os filmes através da plataforma oficial https://www.
Completam a programação do evento algumas oficinas para o público infantil que será convidado a colocar a mão na massa e a entender como funcionam animações em stop motion.
O Festival
O evento comemora os 35 anos do filme “A Festa de Babette”, baseado na obra de Isak Dinesen, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1988. O clássico se passa numa remota aldeia Dinamarquesa, dominada por uma tradição puritana, onde duas irmãs solteiras recordam com nostalgia a sua juventude. A chegada de Babette de Paris, fugindo ao terror da repressão à Comuna de Paris , mudará as suas vidas. Acolhida como empregada, anos depois, Babette ganha uma fortuna numa loteria em Paris e tem a oportunidade de corresponder à bondade e calor humano com que foi recebida, organizando uma opulenta festa com os melhores pratos e vinhos da gastronomia francesa. Sem dúvida, a obra é de encher os olhos, salivar a boca e aquecer o coração.
Porém, não é só de Europa que este Festival está recheado. A curadoria vai além e traz desde títulos japoneses, como o inusitado “Tampopo – Os Brutos Também Comem Espaguete”, de Jûzô Itami até o marroquino “Adam”, de Maryam Touzani. No primeiro, uma comédia japonesa cult, Tampopo é uma viúva dona de restaurante determinada a dominar a arte do lámen – tradicional macarrão de origem chinesa. Em sua saga, ela é orientada por Goro, um misterioso motorista de caminhão especialista no assunto. Já o segundo, uma sensível trama que se desenrola no Marrocos, deixa emergir, além de uma atmosfera cheia de aromas de pães e doces maravilhosos, o drama das mulheres e o machismo estrutural da sociedade marroquina.
A programação ainda traz obras que falam da produção de alimentos e bebidas como “Os Cervejeiros da Vez” de Aaron Hosé, “Brewmance: Amor pela Cerveja” de Christo Brock, “Os Caçadores de Trufas” de Michael Dweck e Gregory Kershaw, “O Nascimento do Saquê” de Erik Shirai, “Pão: O Milagre de Cada Dia” de Harald Friedl, entre outros.
Muitos filmes nacionais também foram selecionados para a mostra. Entre eles está “Antes do Prato” de Carol Quintanilha, uma realização do Greenpeace Brasil, o documentário vai a três regiões do Brasil e mostra uma mobilização social potente e diversa para combater a fome, gerar saúde e garantir um meio ambiente em equilíbrio para toda a população.
Outro filme que fará sua estreia nas telonas é o “A Terra e o Prato” de João Grinspum Ferraz e Fábio Meirelles, com acesso aos melhores chefs do mundo, revela como algumas das mais proeminentes figuras da gastronomia pensam a respeito das mudanças na indústria alimentar – incluindo seu território, suas diferentes culturas, sua criatividade e a forma como moldam sua relação com a natureza e a sustentabilidade.
Títulos como “Estômago”, que aborda a um só tempo, criatividade na cozinha e o pernicioso sistema carcerário brasileiro, até documentários como “A Grande Ceia Quilombola”, que retrata uma cultura repleta de saberes, que nutre respeito ao alimento e onde a comida tem um papel fundamental de coesão social, também farão parte da programação.
Os ciclos de debate
Neste momento, em que a fome volta assolar o país, atingindo 33,1 milhões de pessoas, como demonstram os dados do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil de 2022, os idealizadores do Festival apostam em alguns títulos com temas controversos, que visam pôr em pauta assuntos urgentes para discussão.
Os filmes “Agricultura Tamanho Família”; “À Procura de Mulheres Chefs” (The Goddesses of Food); “Quentura” e “A Grande Ceia Quilombola”; “Uma História de Desperdício” (Wasted! A Story of Food Waste) e “Cooperativa Park Slope” (Food Coop), serão exibidos online e sucedidos de mesas com convidados para debates de temas relevantes como Agricultura e Fome, Gênero na Cozinha, Comida Ancestral, Produção e Desperdício, Consumo Consciente e Economia Solidária.
O SÃO PAULO FOOD FILM FEST é viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura. Tem a apresentação do Grupo Carrefour Brasil e apoio da Ticket, uma marca Edenred e Consigaz. É uma produção da Química Cultural. A realização é da DOC e Outras Coisas, da Secretaria Especial de Cultura e do Ministério do Turismo.
Serviço:
Exibições: de 05 a 12 de outubro de 2022 – GRATUITO
onde: salas Espaço Itaú de Cinema – Augusta – R. Augusta, 1470 – Cerqueira César Cinemateca Brasileira – Largo Sen. Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino
Online: Belas Artes à La Carte – https://www.
apresentação: Grupo Carrefour Brasil
apoio: Ticket e Consigaz
produção: Química Cultural
realização: Doc & Outras Coisas, Secretaria Especial de Cultura e Ministério do Turismo
Site e redes sociais
https://www.instagram.com/
48 filmes no total (31 documentários, 17 filmes de ficção)
CLÁSSICOS DA GASTRONOMIA – filmes de ficção
A 100 Passos de um Sonho
Dir. Lasse Hallström, EUA, 2014, 124′
Madame Mallory é conhecida por sua habilidade na cozinha. Dona de um restaurante famoso no sul da França, ela se vê ameaçada quando um concorrente indiano abre as portas do outro lado da rua. Eles vivem uma verdadeira guerra até que Madame Mallory conhece melhor o filho de seu adversário. Admirada pelo talento culinário do garoto, ela começa a ensiná-lo sobre a gastronomia francesa, sem que ele abandone a tradição indiana.
A Festa de Babette
Dir. Gabriel Axel, Dinamarca, 1987, 104′
Dinamarca, século XIX. Filippa e Martine são filhas de um rigoroso pastor luterano. Após a morte do religioso, surge no vilarejo Babette, uma parisiense que se oferece para ser a cozinheira e faxineira da família. Muitos anos depois, ainda trabalhando na casa, ela recebe a notícia de que ganhou um grande prêmio na loteria e se oferece para preparar um jantar suntuoso em comemoração ao centésimo aniversário do pastor. Os paroquianos, a princípio temerosos, acabam rendendo-se ao banquete de Babette.
A Grande Noite (FILME DE ABERTURA)
Dir. Campbell Scott, Stanley Tucci, EUA, 1996, 109′
Anos 50. Primo e Secondo, dois irmãos que emigraram da Itália, abrem o restaurante de seus sonhos em Nova Jersey. Mas a cozinha autêntica de Primo é muito extravagante para o paladar local e o negócio está em dificuldades. Em um último esforço para salvar o restaurante, os irmãos planejam organizar um evento com um cardápio inesquecível.
A Lancheira
Dir. Ritesh Batra, Índia, 2013, 104′
Ila, uma dona de casa de classe média, está tentando mais uma vez adicionar um pouco de tempero ao seu casamento, desta vez através de sua culinária. Ela espera desesperadamente que esta nova receita finalmente desperte algum tipo de reação de seu marido negligente. O que ela não sabe é que a lancheira especial que preparou foi entregue por engano a um funcionário do escritório, Saajan, um homem solitário à beira da aposentadoria.
Adam
Dir. Maryam Touzani, Marrocos, França, 2019, 98′
Selecionado para representar o Marrocos no Oscar, Adam conta a história da viúva Abla, dona de uma modesta padaria em Casablanca, onde vive com sua filha de oito anos. Sua rotina é interrompida pela chegada de Sâmia, uma jovem grávida à procura de um emprego e moradia. Mas ela não imaginava que, ao deixá-la entrar, sua vida mudaria para sempre.
Delicioso – Da Cozinha para o Mundo
Dir. Eric Besnard, França, 2021, 113′
Em 1789, pouco antes da Revolução Francesa, a gastronomia era um assunto da aristocracia; de fato, o prestígio de uma casa nobre dependia quase inteiramente da qualidade e reputação de sua cozinha. Quando Pierre Manceron, um chef de talento, mas recentemente demitido, decide criar um lugar de prazer e partilha aberto a todos – o primeiro restaurante! –, ele ganha clientes e inimigos.
Estômago
Dir. Marcos Jorge, Brasil, 2007, 112′
Na vida, há os que devoram e os que são devorados. Raimundo Nonato, nosso protagonista, descobre um caminho à parte: ele cozinha. E é nas cozinhas de um boteco, de um restaurante italiano e de uma prisão que Nonato vive sua intrigante história. E também aprende as regras sociais dos que devoram ou são devorados. Regras que ele usa a seu favor, porque mesmo os cozinheiros têm direito a comer sua parte – e eles sabem melhor do que ninguém qual é a parte melhor. Uma fábula nada infantil sobre poder, sexo e culinária.
First Cow – A Primeira Vaca da América
Dir. Kelly Reichardt, EUA, 2019, 122′
Em 1820, um cozinheiro solitário e habilidoso viaja para o território do Oregon, onde conhece um imigrante chinês que também busca criar sua fortuna. Logo, eles se unem em um perigoso esquema para roubar leite de uma premiada vaca local – a primeira e única em todo o território.
Julie & Julia
Dir. Nora Ephron, EUA, 2009, 123′
Baseado em uma história real, Julie & Julia conta como a vida e o livro de gastronomia de Julia Child, responsável por introduzir a sofisticada culinária francesa nos EUA, inspirou, décadas mais tarde, a jovem nova-iorquina Julie a dar uma reviravolta em sua vida ao se colocar um desafio: preparar as 524 receitas do livro ao longo de um ano.
Lámen Shop
Dir. Eric Khoo, Japão, Singapura, França, 2018, 109′
Masato é um jovem chef de lámen japonês que, cheio de dúvidas sobre a morte de seus pais e seu passado, decide embarcar em uma jornada culinária em Singapura. Lá, ele descobre muito mais do que deliciosos pratos.
O Confeiteiro
Dir. Ofir Raul Graizier, Alemanha, Israel, 2017, 105′
Thomas, um jovem e talentoso confeiteiro alemão, tem um caso com Oren, um homem israelense casado. Quando Thomas fica sabendo que o amante morreu em um acidente de carro, decide viajar a Israel atrás de respostas. Sem revelar sua identidade, ele começa a trabalhar no pequeno café de Anat, viúva de Oren. Em pouco tempo, seus doces deliciosos transformam o local em uma atração na cidade, ao mesmo tempo que atraem a ira da comunidade judaica por não se tratar de comida kosher. Mais envolvido na vida de Anat do que ele esperava, Thomas irá levar sua mentira a um ponto sem retorno. O Confeiteiro representou Israel no Oscar de 2019.
Ratatouille
Dir. Brad Bird, Jan Pinkava, EUA, 2007, 111′
Remy reside em Paris e possui um sofisticado paladar. Seu sonho é se tornar um chef de cozinha e desfrutar as diversas obras da arte culinária. O único problema é que ele é um rato. Quando se vê dentro de um dos restaurantes mais finos de Paris, Remy decide transformar seu sonho em realidade.
Sabor da Vida
Dir. Naomi Kawase, Japão, 2015, 113′
Sentaro dirige uma pequena padaria que serve dorayakis – panquecas recheadas com pasta de feijão vermelho doce (an). Quando uma senhora de idade, Tokue, se oferece para ajudar na cozinha, ele aceita a contragosto. Mas Tokue prova ter um toque de mágica quando se trata de fazer an. Graças à sua receita secreta, o pequeno negócio logo floresce e, com o tempo, Sentaro e Tokue abrem seus corações e revelam velhas feridas.
Sideways: Entre umas e Outras
Dir. Alexander Payne, EUA, 2004, 126′
Quando Jack e Miles, quarentões em crise de meia-idade e amigos mais que improváveis embarcam em uma viagem de degustação pelas vinícolas da Califórnia, a vida deles vira de ponta cabeça – e não só por causa do vinho.
Tampopo – Os Brutos Também Comem Espaguete
Dir. Jûzô Itami, Japão, 1985, 114′
Nesta comédia japonesa cult, Tampopo é uma viúva dona de restaurante determinada a dominar a arte do lámen – tradicional macarrão de origem chinesa. Em sua saga, ela é orientada por Goro, um misterioso motorista de caminhão especialista no assunto.
Tomates Verdes Fritos
Dir. Jon Avnet, EUA, 1992, 130′
Evelyn Couch é uma dona de casa emocionalmente reprimida que habitualmente afoga suas mágoas comendo doces. Porém, a vida dela se transforma ao conhecer Ninny Threadgoode, uma senhora vivaz de 83 anos que lhe conta histórias de seu passado – como a história de amizade entre duas mulheres, a rebelde Idgie e a doce Ruth, cozinheira de mão cheia, mas casada com um homem violento.
Vatel – Um Banquete para o Rei
Dir. Roland Joffé, França, Reino Unido, Bélgica, 2000, 103′
Em meio a inúmeras dívidas, a salvação econômica do Príncipe de Condé, nobre do século XVII, está nas mãos de seu mestre de cerimônias, François Vatel. Para conseguir recuperar o favor do rei Luís XIV – e assim se livrar de suas dívidas –, ele encarrega seu fiel servidor de preparar um suntuoso banquete que dure três dias e três noites para toda a corte de Versailles.
COZINHA CONTEMPORÂNEA – Documentários
A Grande Ceia Quilombola
Dir. Ana Stela Cunha, Rodrigo Sena, Brasil, 2017, 52′
No Quilombo de Damásio, terra doada por um senhor de engenho a três de suas escravas, o alimento tem sido secularmente cultivado e extraído da natureza de forma parcimoniosa, fazendo parte de uma estrutura social que privilegia o coletivo. O filme retrata parte dos saberes dessa cultura na qual a comida tem um papel fundamental na coesão social.
À Procura das Mulheres Chefs
Dir. Vérane Frédiani, França, Reino Unido, 2016, 90′
O mundo da gastronomia é predominantemente masculino. A diretora francesa Vérane Frédiani, autora do primeiro catálogo extenso de mulheres chefs trabalhando em restaurantes na França, nos apresenta as mulheres que estão mudando o jogo em todos os níveis. Uma jornada global que revela a força feminina na gastronomia.
A Terra e o Prato
Dir. João Grinspum Ferraz e Fábio Meirelles, Brasil, 2020, 71′
Com acesso sem precedentes aos melhores chefs do mundo, A Terra e o Prato revela como algumas das mais proeminentes figuras da gastronomia pensam a respeito das mudanças na indústria alimentar – incluindo seu território, suas diferentes culturas, sua criatividade e a forma como moldam sua relação com a natureza e a sustentabilidade.
Abrindo a Terra – O Rei da Batata
Dir. Eric Ebner, Aaron Ebner, EUA, 2019, 51′
Uma ode visualmente deslumbrante às culturas indígenas da Cordilheira dos Andes, o filme é sobre Julio Hancco, um ancião que vive nos Andes e cultiva mais de 300 variedades de batata – um verdadeiro guardião da biodiversidade. Ele representa um povo, uma cultura e um modo de vida que está se perdendo com a modernização. A cultura deles sobreviverá? Ou tudo será perdido com o último Rei da Batata?
Agricultura Guarani
Dir. Fellipe Abreu, Patrícia Moll, Brasil, 2022, 7′
No extremo sul da cidade de São Paulo, indígenas da etnia Guarani conseguiram recuperar terras degradadas, antes usadas para a monocultura de eucalipto. Após recolher, trocar e resgatar sementes de aldeias de outros estados e países, hoje eles cultivam mais de 200 variedades livres de qualquer transformação gênica. Plantar essas sementes, para os indígenas, significa fortalecer não só o físico, mas também o espírito.
Agricultura Tamanho Família
Dir. Silvio Tendler, Brasil, 2014, 59′
No Brasil, dos quase 5 milhões de estabelecimentos rurais, 4,5 milhões são ocupados por outro tipo de agricultura: a agricultura familiar, que utiliza estratégias de produção que respeitam o meio ambiente e é responsável pela produção da maior parte do alimento que chega à mesa dos brasileiros. O filme mostra as diversas formas de agricultura familiar e o quanto esse modelo de produção agrícola cria e movimenta a cultura, a produção econômica, as relações sociais e inclusive os afetos no interior do país.
Amazônia em Chamas
Dir. Michal Siewierski, EUA, 2020, 75′
O cineasta Michal Siewierski embarca em uma jornada audaciosa para expor a conexão entre os incêndios na floresta amazônica e nossas escolhas alimentares. Entre corrupção política, ganância corporativa e crimes contra as pessoas e a natureza, o filme aborda os fatos que os meios de comunicação tradicionais têm medo de cobrir.
Antes do Prato
Dir. Carol Quintanilha, Brasil, 2022, 54′
Uma realização do Greenpeace Brasil, o documentário vai a três regiões do Brasil e mostra uma mobilização social potente e diversa para combater a fome, gerar saúde e garantir um meio ambiente em equilíbrio para toda a população. Diante de um país em crise, o filme retrata como a agricultura familiar agroecológica vem criando pontes entre as cidades e o campo para propor uma revolução no atual modelo de produção e consumo de alimentos. Uma revolução em rede, conectada, solidária. E que já está em andamento.
Brewmance: Amor pela Cerveja
Dir. Christo Brock, EUA, 2021, 102′
Cultura
Juliane Cruz celebra o movimento Black Rio dos anos 70 no espetáculo “Amor de Baile”, que estreia dia 30 do Sesc Tijuca, no Rio de Janeiro
(Foto: Paulo Aragon)
A idealizadora também protagoniza a peça, que revive os bailes da periferia para trazer reflexões sobre afetividade negra e empoderamento racial
O espetáculo multilinguagem “Amor de Baile” surge com a efervescência cultural do movimento Black Rio, destacando a afetividade e o empoderamento racial presentes nos bailes da década de 70. A atriz, dramaturgista, artista visual e performer Juliane Cruz se uniu ao também ator, produtor e idealizador, Junior Melo, e uma equipe de renome para celebrar a estética e a autoestima da população negra brasileira, como forma de promover reflexões sobre o amor entre pessoas racializadas enquanto ferramenta de resistência ao racismo. E é com esta potência que o espetáculo “Amor de Baile” estreia no Teatro II do Sesc Tijuca, no Rio de Janeiro, no dia 30 de maio (quinta-feira), às 19h – os ingressos devem ser retirados na bilheteria do Sesc Tijuca, e a entrada é gratuita para credenciados PCG. As apresentações seguem de quinta-feira à sábado, às 19h, e aos domingos, às 18h, até o dia 30 de junho.
A peça valoriza a afetividade dos encontros gerados pelo movimento do Baile Black da década de 70, ao mesmo tempo que questiona a criminalização da cultura periférica promovida pelos efeitos do racismo estrutural, institucional e midiático.
“Amor de Baile é um grande sonho. É a chance de reviver o maior movimento de massa que já existiu da juventude negra e que nos influencia até hoje. E são essas experiências que seguem reexistindo e se reinventando. Nós somos porque eles foram e abriram caminhos para conquistas importantíssimas quanto povo. Se amando. Amor como movimento político, amor pela sua negritude, pelos seus irmãos. Se empoderando e se reconhecendo através da música, da dança, da união de uma juventude que soube revolucionar os modos de se pensar num dos períodos de maior repressão da nossa história recente do Brasil”, afirma Juliane.
O espetáculo mescla teatro, dança, canto, poesia e audiovisual, sob a perspectiva estética, política e poética da frase “Black is beautiful!”, do movimento cultural iniciado nos Estados Unidos. Foi a partir da influência deste movimento que a população negra da época passou a assumir sua própria identidade, com orgulho e atitude. “Mesmo nos anos de maior repressão da ditadura, foi possível reconectar nosso povo preto, unindo milhares de pessoas com o propósito de dançar, se reconhecer e se amar”, ressalta Rei Black, diretor artístico do projeto, que conta ainda com a supervisão geral de Dom Filó, a dramaturgia de Tati Vilela e produção de Wellington de Oliveira.
“Para além do amor romântico, enaltecemos o amor como um movimento político, como fenômeno social, um amor pela sua negritude e pelo seus iguais”, afirma Juliane. Em meio à ditadura militar, os Bailes de Soul Music fomentaram a produção artística suburbana e a exaltação da estética e autoestima da população negra brasileira. “Beije sua preta em praça pública” estampava a capa do jornal Movimento Negro Unificado, nos anos 70, utilizando-se do afeto como ferramenta de luta contra o racismo.
Em solo carioca, a abordagem desta luta aconteceu com o Movimento Black Rio, por meio da cultura, da festa e do entretenimento, influenciando de forma significativa em como a geração atual se fortalece em relação à autoestima, identidade e comportamento. “Queremos alcançar não só a geração que lotava as pistas daquela época, mas também uma juventude que bebe do legado desse grande movimento cultural, sem nem mesmo conhecê-lo”, pontua Junior Melo, ator, produtor e idealizador do projeto. Em meio à seus pentes garfos, sapatos plataforma e muita intelectualidade popular, “Amor de Baile” faz uma homenagem ao legado deixado por um dos maiores movimentos culturais negros das últimas décadas.
SERVIÇO
“Amor de Baile” @ Sesc Tijuca, RJ
Data: 30 de maio a 30 de junho – de quinta a domingo (exceto entre os dias 20 e 23 de junho de 2024)
Horário: às 19h (quinta a sábado) e às 18h (domingo)
Local: Teatro II Sesc Tijuca
Endereço: Rua Barão de Mesquita, 539, Tijuca, Rio de Janeiro – RJ
Classificação: 12 anos
Valor dos Ingressos: Gratuitos para credenciados PCG
R$7 | Credencial Plena
R$15 | Meia-entrada
R$30 | Inteira
Ingresso: Disponíveis apenas na bilheteria do Sesc Tijuca
Bilheteria: Terça a sexta-feira | 7h às 19h30
Sábados | 9h às 19h
Domingos | 9h às 18h
Informações: https://www.instagram.com/amordebaile_/
FICHA TÉCNICA
Elenco: Adrielle Vieira, Juliane Cruz, Junior Melo, Letícia Ambrósio, Lucas Sampaio e Wayne Marinho
Direção Artística: Rei Black
Direção de Movimento: Gabriela Luiz
Direção e Produção Musical: Beà Ayòóla
Dramaturgia: Tati Vilella
Dramaturgista: Juliane Cruz
Figurino: Carla Costa
Cenografia: Cachalote Mattos
Iluminação: Jon Tomaz
Mentoria Vocal: Daniel Motta
Produção: WDO Produções
Coordenação de Produção: Wellington de Oliveira
Voz Off: Nathalia Grillo
Idealização: Juliane Cruz e Junior Melo
Supervisão Geral: Dom Filó
Social media: Nathália Brambrila
Designer: Guile Farias
Direção de Imagem: Carolina Godinho
Acervo e Imagens: Cultine
Assessoria de imprensa: Monteiro Assessoria de Imprensa
SOBRE JULIANE CRUZ
Guiada pela arte em seus múltiplos formatos, Juliane Cruz pulsa pela criação. As suas facetas se tornam portas para o ofício por meio do teatro, cinema, audiovisual, pesquisas e performances desde que ela se lembra. Nascida em 1996, em Irajá, no Rio de Janeiro, a artista migrou de um projeto para o outro para saciar sua veia criativa. Juliane é graduada pela Escola de Teatro Martins Penna e pela Escola Sesc de Artes Dramáticas; integra (participou do) o Programa de Deformação e Formação da Escola de Artes Visuais do Parque Lage; e ainda é foi oficineira pelo Programa de formação em artes e cultura, a partir da mostra de itinerância da 35 Bienal de São Paulo no Mam Rio. Sua trajetória como atriz contempla os espetáculos “Esperança na Revolta” (2019), “A Saga de Dandara e Bizum a caminho de Wakanda” (2019), “Rinoceronte” (2019) e “Barbárie – Impressões de um holocausto” (2017). Entre o cinema e a TV, ela somou nos curta-metragens: “Atrofia”, “Adeus”, “Sua Vez”, “Declamações de uma Fábula Esquecida”; além da websérie “Cura” (2021), de Jonathan Ferr; e as novelas “Malhação – Toda Forma de Amar” (2019), “Nos Tempos do Imperador” (2021), “Todas as Flores” (2022) e “Elas por Elas” (2024). No catálogo de performances, Juliane reúne “Tem coisas que eu só sei dizer dançando”, com as exposições “Acessos”, que ocupou a capelinha no Parque Lage (2022); “NuEntre”, no Galpão 808 (2023); e “O ponto onde a arte cura”, no Espaço Carijó (2023)
Em 2024, a artista segue em progressão, participando dos cursos “Crítica e Curadoria Anticolonial e Desobediência de Gênero”, oferecido pelo Galpão Bela Mar – MARÉ e o curso de Roteiro“Empoderamento e Tecnologia”, oferecido pelo Cinema Nosso. Juliane também estreia com a peça “Amor de Baile”, em que assina a idealização, autoria, além de também protagonizar. O espetáculo multilinguagem revive os bailes da periferia da década de 70, destacando a afetividade e o empoderamento racial presentes na efervescência cultural do movimento Black Rio. Contemplado pelo Sesc Pulsar 2024, a peça fica em cartaz entre os dias 30 de maio e 30 de junho, no Sesc Tijuca, no Rio de Janeiro.
Cultura
Família e escola: qual o papel fundamental de cada um
A Constituição Federal de 1988 afirma em seu artigo 205: “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Com isso é perceptível que a participação ativa dos responsáveis juntamente à instituição de ensino não é somente necessária como também requerida durante toda a trajetória escolar, sendo um dos principais facilitadores da aprendizagem.
A pedagoga Sueli Tomaz especialista em metodologia da educação infantil e séries iniciais defende: “A escola assegura o direito, destaca a importância e abriga a garantia da aprendizagem, mas é em casa, no ambiente familiar que ocorrem as primeiras práticas educativas. Considerando a família a primeira sociedade instituída é necessário uma cooperação concreta entre ambas instituições”. A pedagoga complementa: “Uma boa comunicação entre família-escola viabiliza a flexibilidade, a motivação e gera a continuidade dos estímulos educativos, culturais, metodológicos e sociais dos alunos. Principalmente no contexto das séries iniciais”. Para pais atípicos, essa relação precisa ser ainda mais estreita. É necessário estabelecer uma comunicação contínua, alinhada a um trabalho de entrega mútua, uma vez que diversos estudos já demonstram que diagnósticos como o déficit de atenção, associado ou não à hiperatividade e à impulsividade, e o transtorno do espectro autista frequentemente comprometem o rendimento escolar.
Gabriel Frozi, CEO do Colégio Rio Christian School – a primeira e única escola bilíngue da América Latina especializada em alunos com TDAH – também destaca a importância do interessante dos pais e responsáveis desde o momento da busca pela escola ideal: “Existem escolas mais tradicionais, conservadoras e mais conteudistas, como também, escolas mais flexíveis, disruptivas e inovadoras. O importante, portanto, é a família levar em consideração as características da criança e do adolescente,” adverte Gabriel.
Gabriel é pai da Vitória, que foi diagnosticada com TDAH ainda muito jovem. Em sua trajetória escolar, percebeu que a filha não conseguia desenvolver-se bem mesmo nas melhores escolas disponíveis na região. Foi daí que o coração de pai mudou todo o rumo daquela história, pois até então não existiam escolas no Brasil, especializadas em crianças e jovens com Transtornos diversos, como o próprio TDAH.
Então, tudo partiu do desejo do coração de uma criança: “Pai, não quero mais ir à escola. Não consigo tirar notas boas e te fazer feliz,” dizia Vitória.
Frozi abandonou sua carreira longa e estável como advogado e criou do zero sua própria escola. “Nossa escola foi criada pela carência e pelos erros de várias outras instituições. Chegamos com a intenção de fazer uma escola diferente, de se preocupar realmente com o aluno como indivíduo e não como mais um número. É importante dar uma atenção especial a todos eles individualmente. Fazer com aqueles que possuem necessidades específicas sintam-se parte do todo, e ainda, acompanhar aqueles que não tem nenhuma necessidade cognitiva específica,” continua Gabriel.
A RCS, mais conhecida como Rio Christian School, conta com profissionais capacitados e preparados para atender alunos de todos os perfis de uma forma individual. “Foram inúmeros processos, adequações, treinamento, material didático personalizado e um sistema de ensino totalmente adaptado que prioriza a participação em sala de aula, o comprometimento com os deveres de casa e a atuação em projetos. “Incentivamos o respeito ao indivíduo, suas potencialidades e diversidades, valorizando a inclusão social, num ambiente cooperativo, propiciando a vivência de valores e princípios,” continua Frozi.
Um dos diferenciais da escola está no sistema de avaliação, onde as provas bimestrais não são o principal aspecto a ser levado em conta na hora de aprovar um estudante, mas um conjunto de fatores como a participação em sala de aula, lição de casa, trabalhos extras, desempenho diário em sala de aula, etc. “O sistema não é baseado só em uma prova. Se um aluno não tira boa nota na avaliação, mas cumpre com as demais obrigações, pode ser aprovado, desde que consiga a média 7”, explica Gabriel Frozi, salientado que, os alunos são submetidos a um sistema de avaliação no qual 15% da nota se refere à participação; 25%, ao dever de casa; 30%, a pequenos projetos; e 30%, à prova bimestral. A proposta impacta diretamente as crianças e os jovens em sua capacitação, e consequentemente, o índice de reprovação escolar tende a diminuir muito.
Desta forma, se concretiza a possibilidade de proporcionar uma metodologia inclusiva aos pequenos, que aliada a participação familiar, alcança as mais diversas necessidades do aluno e promove um vasto campo de possibilidades de otimização da aprendizagem infantil.
Para dar certo, é preciso que a instituição família-escola se alinhe para pré-definir as estratégias e estabelecer os estudos do meio que traçam o perfil e o rendimento de uma classe em seu todo e individualmente. Uma vez que o ambiente de aprendizagem impacta diretamente o desempenho dos alunos, técnicas do dia a dia escolar através de materiais cativantes e desenvolvidos especialmente para esse objetivo, como: jogos, músicas e diferentes formatos, que podem facilitar e manter por mais tempo os alunos ativamente desafiados e envolvidos no processo sejam estabelecidos.
Sobre a Recreio Christian School:
A escola bilíngue cristã conta com sistema de avaliação próprio, que prioriza a participação em sala de aula, o comprometimento com os deveres de casa e a atuação em projetos sociais, onde as provas bimestrais representam apenas 30% do sistema de avaliação da RCS. Atende turmas do Pré I ao 3º ano do Ensino Médio, preparando os alunos para as melhores universidades do Brasil e do exterior, além de ser a única escola da América Latina com toda equipe especializada em alunos com TDAH.
Cultura
Marcha Para Jesus do Rio de Janeiro tem data da 17ª edição confirmada juntamente com slogan e atrações
Evento foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado em 2023
Com o slogan “Força da União”, a Marcha Para Jesus do Rio de Janeiro vai acontecer mais cedo em 2024. Diferentes das duas últimas edições, que aconteceram em agosto, a 17ª edição do evento foi antecipada para o dia 25 de maio, a partir das 14h.
Já o trajeto e o local do show vão manter a tradicional concentração na Avenida Presidente Vargas, na altura da Avenida Passos, em direção à Praça da Apoteose, onde acontecerão mobilizações, orações e shows comandados por grandes nomes da música gospel do Brasil.
Estão confirmados shows de Thalles Roberto, Eli Soares, Samuel Messias, DiscoPraise, Valesca Mayssa, Midian Lima, Lukas Agustinho, Bruna Karla, ]Gospel Night, Davi Sacer, Stella Laura, Marcus Salles, Arthur Callazans, Adriano Gospel Funk, Kailane Frauches, Sarando a Terra Ferida, Nesk Only, Brunno Ramos e 2metro.
Promovida pelo Conselho de Ministros Evangélicos do Rio de Janeiro (Comerj), presidido pelo pastor Cláudio Duarte, a Marcha Para Jesus do Rio de Janeiro foi certificada como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado em 2023. Desta forma, o Estado do Rio de Janeiro “assume o compromisso de estimular, apoiar, preservar e divulgar as manifestações culturais, religiosas e expressões artísticas, inclusive as de iniciativas populares”.
A Marcha Para Jesus do Rio de Janeiro foi realizada pela primeira vez em 1998. No dia 03 de setembro de 2009, foi instituído o Dia Nacional da Marcha para Jesus e, dois anos depois, mais precisamente no dia 11 de janeiro de 2011, o evento passou a fazer parte do calendário oficial da cidade do Rio de Janeiro.
SERVIÇO: Marcha Para Jesus – RIO 2024
Data: 25 de maio (sábado)
Horário: 14h
Evento gratuito
Classificação: Livre
Concentração: Avenida Presidente Vargas
Palco: Praça da Apoteose
Artistas confirmados: Thalles Roberto, Eli Soares, Samuel Messias, DiscoPraise, Valesca Mayssa, Midian Lima, Lukas Agustinho, Bruna Karla, Gospel Night, Davi Sacer, Stella Laura, Marcus Salles, Arthur Callazans, Adriano Gospel Funk, Kailane Frauches, Sarando a Terra Ferida, Nesk Only, Brunno Ramos e 2metro
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